sábado, 10 de janeiro de 2009

Chuva causa 25ª morte em Minas e estradas interditadas dificultam acesso

Já são 25 os mortos em decorrência das chuvas em Minas Gerais. A Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Espera Feliz, na Zona da Mata, informou ontem o falecimento do aposentado Mateus José Martins, 79 anos, com o soterramento de sua casa, no Bairro Pontilhão, após o desmoronamento de um barranco, durante a forte chuva que caiu na cidade, na terça-feira passada. Segundo Renato Miliolo, coordenador da Defesa Civil, naquele dia choveu o esperado para todo o mês de janeiro.
Outros 500 barrancos desmoronaram, sem deixar vítimas. No dia seguinte, os bairros Santa Cecília e João Clara foram alagados com o transbordamento repentino do Rio São João, em virtude da forte chuva que caiu em sua cabeceira, que fica a 35 quilômetros da cidade.
As fortes chuvas que caíram na Região Leste de Minas não trouxe transtornos somente aos moradores das áreas ribeirinhas. Motoristas que precisam utilizar as estradas estaduais estão tendo dificuldades para chegar em alguns municípios. Um dos trechos mais complicados é o da MGC-416, próximo a São Pedro do Suaçuí, onde o asfalto cedeu e provocou a interdição completa da pista.
De acordo com a Polícia Militar Rodoviária, o asfalto cedeu, nessa semana, entre São Pedro do Suaçuí e o trevo que dá acesso à MGC-120. O trânsito precisou ser desviado para uma estrada vicinal, aumentando a viagem em três quilômetros. O coordenador regional do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) em Guanhães, Carlos Fernando Ferrarezi, informou que já existe a autorização para o conserto do trecho, mas ele não pode ser feito enquanto estiver chovendo. Segundo ele, já foi iniciada a construção de uma passarela para pedestres no local. Ferrarezi sugere que os motoristas que pegarem o desvio tenham atenção, porque a estrada não está em boas condições. O coordenador informou também que o trecho da MGC-314, que liga Coroaci à BR-259, próximo a Governador Valadares, está limitado para veículos pesados.
A estrada entre Mendes Pimentel e Itabitinha continua interditada. A cabeceira de uma ponte sobre o córrego Itabira cedeu, impedindo o trânsito. De acordo com o secretário de Governo de Itabirinha, Wilson Guedes, a única saída da cidade, que não foi interdidata, é a que passa por São José do Divino. Segundo ele, devido ao atraso na chegada de quipamentos, somente ontem uma empreiteira iniciou a construção de uma passagem provisória. O coordenador regional do DER de Governador Valadares, Geraldo Ramos Falci, informou que o órgão está estudando a possibilidade de fazer uma variante no local, para que o trânsito não fique impedido com a construção de uma nova ponte.
Falci explicou ainda que em diversos trechos de algumas rodovias da região há quedas de barreiras. Um destes trechos é na MGC-381, sentido Divino das Laranjeiras/Mantena. A Polícia Militar Rodoviária está pedindo aos motoristas atenção ao passarem pela rodovia.
Foram iniciadas, nesta semana, as obras de reparação na ponte do Ribeirão Pedra Branca, que fica na BR-369, no distrito de Gaspar Lopes, a três quilômetros de Alfenas, Sul de Minas. Parte da lateral da ponte havia desabado em função das chuvas e o trânsito no local vem sendo feito apenas em meia pista, somente para veículos com peso inferior a 30 toneladas. De acordo com informações do Dnit, serão construídas alas para contenção da água e para evitar a erosão. A superintendente Municipal de Trânsito de Alfenas, Edina Mara Fonseca, informa que o local também será limpo e o entorno gramado. Segundo ela, depois de concluída a obra, a prefeitura vai construir uma praça no local, destacando o pontilhão. Policiais rodoviários permanecem no local orientando os motoristas.
Em obras há dois anos, o trevo de Santa Luzia, na BR-381, Região Metropolitana de Belo Horizonte, provoca preocupação aos motoristas que transitam pela via. Com o início das chuvas, em novembro, os primeiros buracos no asfalto, trocado no segundo semestre do ano passado, já começam a aparecer e parte das pistas laterais cederam. Para evitar acidentes, os cantos da via foram sinalizados com barris, sem sinalização noturna (olhos de gato). A obra é de responsabilidade do Exército que, em nota, afirmou que a obra encontra-se “em processo de finalização.”
Estado com a maior malha rodoviária do país, com mais de 30 mil quilômetros, Minas já apresenta 102 trechos de rodovias estaduais ou federais delegadas ao DER com danos causados pelas chuvas. Sete pontos estão interditados e outros oito trechos estão interrompidos.

Rua vira lamaçal em BH

Moradores da Rua Halley, no Santa Lúcia, Centro Sul da capital, reclamam da situação caótica em que se encontra a via, que tem um trecho que não é urbanizado (cerca de 200 metros). O advogado André Teixeira Pereira Carneiro, 32 anos, que tem um lote na Rua Halley, solicita que o local seja urbanizado. “Após as chuvas, a terra e lama desceram na via, sendo ‘recolocadas’ sobre a via, o que dá uma aparente solução do problema. Quando voltar a chover, a terra recolocada voltará à forma anterior”, reclama o advogado. Além da urbanização, ele pede o conserto e desobstrução da calha de drenagem pluvial que vem da Avenida Raja Gabáglia. De acordo com a assessoria da Prefeitura de Belo Horizonte, foi feito um trecho de obras no local (próximo ao cruzamanto da Rua La Place), por meio do Orçamento Participativo de 2003/ 2004, e não há mais obras previstas. (Com susursais)