A Polícia Civil do Rio ouviu neste domingo (4) o depoimento do homem que pilotava a embarcação que teria atingido na última quarta-feira (31) o empresário alemão Christian Martin Wölffer, de 68 anos, quando ele nadava no Saco de Mamanguá, em Paraty, litoral sul do estado.
Segundo o inspetor Marcos Cerqueira, da 167ª Delegacia, o suspeito, de 28 anos de idade, apresentou-se pela manhã com um advogado. Com ele, apresentou-se para prestar depoimento um casal que estava no mesmo barco. A polícia não quis fornecer detalhes do depoimento e a identidade do suspeito,mas segundo o inspetor Marcos Cerqueira, “a investigação está centrada nas pessoas ouvidas hoje”.
Os envolvidos podem ser indiciados por homicídio culposo e por omissão de socorro, crimes sujeitos a penas de três anos e um ano e meio de prisão, respectivamente. Wölffer sofreu dois cortes profundos nas costas e foi retirado da água ainda com vida por amigos. Ele morreu antes de chegar à Santa Casa da Misericórdia, em Paraty.
Entre os que o socorreram, estavam os atores Rodrigo Hilbert e Fernanda Lima, que também passavam o réveillon na residência do casal Luiz Oswaldo Pastore e Carolina Overmeer, em que estava o empresário. A polícia informou que vai entrar em contato com os dois atores amanhã (5) para marcar um depoimento deles.
A Capitania dos Portos do Rio de Janeiro também está investigando o caso e já determinou a abertura de um inquérito, mesmo antes da conclusão do laudo oficial do Instituto Médico Legal (IML) de Angra dos Reis, onde o corpo foi necropsiado.
Uma filha do empresário chegou ao Rio para acompanhar a liberação do corpo, que está sendo embalsamado num laboratório em Inhaúma, na zona norte da cidade. A liberação do corpo deve acontecer nesta segunda-feira (5).
O alemão Christian Martin Wölffer vivia nos Estados Unidos, onde era dono de uma conhecida vinícola nos Hamptons, reduto de milionários no estado de Nova York. Sua morte teve repercussão em jornais e sites de notícias dos Estados Unidos e da Europa.