quarta-feira, 8 de julho de 2009

Nova GM pode nascer amanhã


A nova General Motors (GM) está pronta para nascer amanhã, depois de um juiz aprovar na noite de domingo a venda dos ativos rentáveis da companhia para evitar "o desastroso resultado" da liquidação da principal montadora dos Estados Unidos. Termina às 12h de amanhã o prazo dado pelo juiz Robert Gerber, do Tribunal de Quebras de Nova York, para que os grupos envolvidos apresentem suas objeções à venda dos ativos, o que significará que o Governo americano possuirá 60,8% da nova empresa. Grupos de credores, aposentados e indivíduos lesionados em acidentes de trânsito se opuseram à venda, ao considerar que seus direitos desaparecerão com a criação da nova companhia, que terá o nome de General Motors Company. Além disso, asseguram que outros grupos, como os trabalhadores representados pelo sindicato United Auto Workers (UAW), estão sendo tratados de forma preferencial. Entretanto, o presidente da GM, Fritz Henderson, disse em mensagem postada em seu blog que não espera que as objeções detenham o processo de criação da General Motors Company. "Esperamos que a venda seja fechada o mais rápido possível depois do fim do processo de apelação no final desta semana e que a nova GM seja operacional e totalmente competitiva", acrescentou. O otimismo de Henderson é partilhado por muitos analistas, especialmente depois do ocorrido com a Chrysler, que entrou em concordata em junho depois de os juízes desprezarem todas as objeções dos credores. Em sua decisão, o juiz Gerber aceitou quase todos os pontos e propostas dos advogados da GM e do Departamento do Tesouro, em favor da venda.
O que o magistrado não aceitou em sua decisão foi o pedido da montadora e do Governo americano para que a venda fosse fechada de forma imediata. Se a venda de ativos for completa na quinta-feira, as autoridades americanas e canadenses entregarão à GMC cerca de US$ 50 bilhões para a compra dos ativos da GM e assegurar a operação da companhia, que estará formada pelas marcas Chevrolet, Cadillac, GMC e Buick. Em troca de sua contribuição monetária, o Governo americano possuirá os mencionados 60,8% da GMC. As autoridades canadenses, que entrarão com pouco mais de US$ 9 bilhões, controlarão 11,7%. O resto será repartido entre o UAW, com 17,5%, e os credores da GM, que terão 10%. Estes dois grupos poderão aumentar posteriormente sua participação até 20% e 25%, respectivamente