terça-feira, 29 de setembro de 2009

Dono de Loja de fogos e artificios que explodiu em Santo Andre se apresenta na Policia



Por Luciano Muniz
Edição Silvana Sapori
Foto Credito Jornal folha online

O dono da loja de fogos de artifício que explodiu na tarde de quinta-feira, Sandro Castellani, 40, se apresentou à polícia na manhã desta segunda-feira, em Santo André (Grande São Paulo). Duas pessoas morreram na explosão e outras 12 ficaram feridas.
Castellani estava desaparecido desde o dia da explosão. Ele se apresentou no 3º DP da cidade por volta das 10h10, com a mulher --que também estava desaparecida. Os dois prestavam depoimento, por volta das 11h.
Parentes do casal dizem que a explosão começou quando Castellani consertava uma antena em cima da loja de fogos e, sem querer, causou uma faísca. A Polícia Civil estuda pedir ainda hoje à Justiça a decretação da prisão temporária de Castellani.
A explosão ocorreu por volta das 12h40, na rua Américo Guazzelli, destruindo quatro imóveis e causando as mortes de Ana Maria Martins, 58 --que trabalhava como faxineira no imóvel--, e de Denian Castellani de Sousa, 41, primo do proprietário do estabelecimento comercial.
Pelo menos 30 imóveis da região tiveram de ser isolados. Após a realização da perícia, 21 imóveis foram liberados e outros cinco permanecem interditados.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, devido à proporção da explosão --que causou danos em um raio de 80 metros--, há indícios de que o acidente tenha sido provocado pelo armazenamento de pólvora, o que indicaria a existência de uma fábrica.
Segundo o delegado Alberto José Mesquita Alves, Castellani tinha autorização da polícia e do Corpo de Bombeiros para vender fogos de artifício, mas não para fabricar. Ele também não tinha alvará da prefeitura para a venda do produto.
Em 2001, mais de 275 pessoas morreram um incêndio provocado por uma explosão em uma loja de produtos pirotécnicos em Lima, no Peru. A venda destes produtos era livre no Peru, mas o governo proibiu a produção e a importação de fogos de artifício após a tragédia.