Meia, cueca, lenço e sabonete sempre figuram na lista de lembranças de Natal, mas, muitas vezes, não chegam a fazer sucesso. Porém, como presentear a todos com artigos caros fica praticamente impossível, uma saída está na busca de artesanatos e na confecção do próprio presentes.
Para a dona de casa Marilza de Fátima, que aprendeu a fazer pintura em garrafas PET, o artesanato é uma boa saída na hora da lista de presentes. “Estou aprendendo ainda, mas é uma boa alternativa de negócio e também alivia na hora de comprar os presentes”, conta a artesã, que vendeu cinco garrafas que fez para uma amiga.
Segundo ela, para fazer a pintura, a garrafa passa por um processo de jateamento, para deixar a superfície porosa, capaz de fixar a tinta. “Eu compro as garrafas preparadas e depois aplico a pintura. É uma terapia”.
A também dona de casa Maria José Campos, 62 anos, desde criança sempre gostou de bordados, utiliza a arte para complementar a renda e também aliviar o bolso no Natal. “Desde os 11 anos que eu faço bordado, não dá para ganhar muito não, mas vale pela distração. No Natal, eu presenteio pessoas da família e amigos. E faz sucesso! Quem não ganha fica bravo, comigo”, conta Maria José, que tem como companheira de agulha sua mãe, Maria César, de 98 anos, que faz crochê até hoje , que é disputado pelas filhas, netas e bisnetas. Com isso, a dona de casa consegue presentear e satisfazer a família sem ter que gastar muito.
No entanto, tem gente que descobriu no artesanato um forma de trabalho e tira o sustento das peças que produz. É o caso da artesã Roseli Lopes, 43 anos, que se dedica à pintura em utensílios, com vasilhas, potes, garrafas, tapetes e tecidos. “Compro as vasilhas e preparo-as para pintura. Tudo o que der para pintar eu pinto”, afirma Roseli, que garante que seu estoque de peças para o Natal já está no fim.
“Toda hora tem alguém me procurando para comprar uma peça. Às vezes, elas até trazem um pote ou peça para eu fazer a pintura. É uma forma de valorizar a nossa arte e é muito gratificante”, conta a artesã, que vende as peças por um preço médio de R$ 10 e R$ 12.
Já a nutricionista e empresária Lina Márcia Storino, 50 anos, de tanto fazer bombons e chocolates para vender e presentear acabou tomando coragem para abrir um negócio e estudar Nutrição. “Eu trabalhava fazendo guirlandas e cachos com bombons, e tinha muitos clientes, mas sabia que precisava de um trabalho fixo. Comecei a trabalhar como gerente em um restaurante e comprei metade do negócio. Vendi e montei o meu próprio restaurante em um shopping. E digo que foram os bombons que me encorajaram a abrir meu negócio”, recorda Lina.
Entre as opções baratas e educativas de presentear no Natal estão os livros do programa “A Tela e o Texto”, desenvolvido há 10 anos pela Faculdade de Letras da UFMG. Com um preço de R$ 17,91, o kit vem com nove livros de bolso, dos mais diversos estilos literários, como poesia, crônica e texto jornalístico.