A pressão da bancada do PT adiou a votação, a toque de caixa, do projeto de lei de autoria do prefeito Fernando Pimentel (PT), que autoriza licitação para construir uma nova rodoviária em Belo Horizonte, no Bairro Calafate, Região Oeste. Ontem, a bancada petista e vereadores de outros partidos se reuniram com o secretário de Governo, Paulo Moura, tendo decidido que as três reuniões extraordinárias convocadas para esta semana (de quinta-feira a sábado) serão estendidas até o dia 18.
Além da rodoviária, será votado outro projetos polêmico, que transforma o Mercado Distrital do Bairro Cruzeiro em espaço cultural. Dos nove vereadores do PT, dois não participaram da reunião: a líder do prefeito, Neusinha Santos, e Arnaldo Godoy. Embora não seja vereador, compareceu o presidente do diretório municipal do PT, Aluísio Marques. A líder do PT, Neila Batista, concluiu que só três dias de reuniões extraordinárias, prazo defendido por Neusinha Santos, não seriam suficientes para votação dos projetos em função dos prazos regimentais.
Como exemplo, Neila citou o projeto da rodoviária, que até agora só foi apreciado pelas comissões, onde recebeu emendas. Ele não pode ser aprovado em apenas duas reuniões plenárias, em dois turnos. O Regimento Interno da Câmara exige um prazo maior nas comissões.
Neila Batista contestou um suposto «descontentamento» da bancada com o prefeito Fernando Pimentel e anunciou que todos os vereadores comparecerão às reuniões, exceto dois ou três, que estarão viajando de férias. Segundo a líder, dos 41 vereadores, Pimentel teria o apoio de quase todos. Ela deixou claro que os projetos não foram votados até agora porque são polêmicos. O vereador Geraldo Félix (PMDB) defendeu a construção de quatro rodoviárias nas regiões Leste, Oeste, Norte e Sul de BH.