sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Corretor assassinado no Gutierrez

Moradores da Rua Marechal Hermes e suas imediações, no Bairro Gutierrez, na Região Oeste da capital, ficaram indignados com o assassinato do corretor de imóveis Edson Yoshiaki Sumita, de 48 anos, funcionário da Casa Grande Imóveis, assassinato com um tiro no peito no interior do estande de vendas do prédio Palazzo Barberini, em obras no número 115 daquela rua. Ele foi morto durante uma suposta tentativa de roubo, provavelmente por dois homens que invadiram o local para levar sua moto Suzuki, que continuou estacionada em frente. Os dois fugiram a pé em direção à Avenida André Cavalcanti.
«Sofremos com a falta de policiamento. Antigamente haviam várias viaturas percorrendo as ruas. Hoje ficam somente na parte mais comercial e, por isso, movimentada do bairro. Meu filho já foi roubado quatro vezes, uma delas à noite», contou a dona de casa Kátia Magela, de 47 anos, que mora no quarteirão abaixo do prédio em construção. Um outro corretor de imóveis, que pediu para ser identificado, também morador da Marechal Hermes, acredita que os assassinos sejam os mesmos que tentaram roubar seu carro, um Palio Weekend, na semana passada. «Só não conseguiram porque o sistema de alarme travou o motor», contou.
A polícia acredita que os dois homens possam ser os mesmos que roubaram uma corretora que estava de plantão no mesmo estande, no mês passado. «Desta vez possivelmente queriam levar a moto do corretor, que estava em frente ao estande. Seus colegas de serviço contaram que ele não aceitava este tipo de confronto e teria reagido ao assalto», contou o sargento Webert Menezes Pereira, do 22º Batalhão, que atendeu a ocorrência. Edson Sumita foi morto com um tiro, que acertou seu coração, possivelmente de calibre 32, uma arma pouco usada atualmente.
A única testemunha foi um lavador de carros, que escutou o tiro e viu os dois homens morenos, um deles vestido com camisa amarela da Seleção Brasileira, correr de dentro do estande e seguirem em direção à Av. André Cavalcanti. O assassinato em área nobre da cidade fez o delegado Edson Moreira, chefe do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, sair de seu gabinete para acompanhar as primeiras investigações