sábado, 16 de agosto de 2008

Universitarios de Diamantina confessa trote

A Polícia Civil de Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, está no encalço de quatro suspeitos de terem utilizado ácido e outros produtos químicos durante trote de calouros da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e do Mucuri, no último dia 4. Na ação, 11 estudantes sofreram queimaduras de primeiro e segundo graus. Em depoimento prestado na tarde de ontem ao delegado regional José Walter da Mota, o estudante do segundo período de Zootecnia, Raul Ribeiro Silveira, 19 anos, conhecido como ½Cowboy”, confessou ter participado do trote e lançado creolina nas vítimas. Silveira delatou quatro colegas que também teriam jogado os produtos químicos nos calouros.Segundo o delegado, três denunciados seriam do segundo e terceiro períodos de Zootecnia e foram identificados apenas pelo primeiro nome (Átila, João Gustavo e Diego, conhecido como ½Cazuza”). O quarto participante seria uma estudante de Turismo identificada apenas como Sarah. Silveira foi localizado pela polícia na manhã de ontem, na república Cabaró, em Diamantina, quando foi intimado a depor. Acompanhado de seu advogado, disse ao delegado que estava arrependido e que não tinha a intenção de ferir ninguém. Segundo o delegado Mota, o estudante chegou a alegar que ½não tinha noção do risco a que os colegas seriam expostos”. ½Embora se dissesse arrependido e que até ajudou colegas que estavam com os olhos e a pele queimados, demonstrou muita tranqüilidade em seu depoimento”, disse o delegado.Ainda segundo Mota, é imprescindível que as vítimas do trote compareçam à delegacia para prestar depoimento. ½Isso é fundamental para o prosseguimento das investigações”, alertou, não descartando a possibilidade de haver uma acareação entre vítimas e acusados. A maioria das vítimas deixou a cidade depois de receber os primeiros socorros. Ele contou ter recebido uma ligação telefônica de Goiânia, do pai de uma das vítimas, que ao fazer seu desabafo, revelou que a filha jamais retornaria a Diamantina, muito menos para cursar alguma universidade.